Pragas e doenças são responsáveis por perdas significativas na produção agrícola brasileira todos os anos. Elas afetam diretamente o rendimento das lavouras, comprometem a qualidade dos produtos e elevam os custos de produção. Segundo o advogado Dr. Carlos Alberto Arges Junior, especialista em direito agrário e assessor de produtores rurais, evitar prejuízos com pragas e doenças exige planejamento, monitoramento constante, boas práticas agrícolas e respaldo jurídico adequado.
Em um cenário de exigências cada vez maiores por alimentos seguros e sustentáveis, o controle eficaz desses problemas não é apenas uma questão técnica, mas também estratégica para manter a competitividade no campo.

Quais os principais riscos das pragas e doenças?
Pragas como lagartas, percevejos, moscas e besouros, além de doenças fúngicas, bacterianas e virais, podem comprometer toda uma safra. Os riscos vão além da perda de produtividade. Entre os principais impactos estão:
- Redução da qualidade do produto final
- Perda total ou parcial da lavoura
- Aumento nos custos com defensivos
- Impossibilidade de comercialização em mercados exigentes
- Riscos jurídicos por contaminação cruzada ou uso indevido de produtos
De acordo com Dr. Carlos Alberto Arges Junior, produtores que não adotam práticas preventivas podem enfrentar não apenas prejuízos financeiros, mas também passivos legais e ambientais, principalmente quando há descumprimento de normas fitossanitárias.
Estratégias para evitar prejuízos com pragas e doenças
Evitar perdas começa com uma abordagem integrada e preventiva. Abaixo estão as principais estratégias recomendadas:
1. Monitoramento constante da lavoura
A observação frequente do campo permite identificar os primeiros sinais de infestação ou doença. Técnicos capacitados e uso de armadilhas, sensores e drones ajudam no diagnóstico precoce.
2. Manejo Integrado de Pragas (MIP)
O MIP combina diferentes métodos — biológicos, químicos, culturais e genéticos — para controlar as pragas de forma eficaz e com o menor impacto ambiental possível. O uso racional de defensivos evita a resistência das pragas e preserva inimigos naturais.
3. Uso de sementes certificadas e resistentes
Escolher variedades adaptadas à região e resistentes a doenças específicas reduz significativamente os riscos. Além disso, sementes certificadas garantem maior uniformidade e qualidade na lavoura.
4. Rotação e diversificação de culturas
Alterar os tipos de cultivo entre safras quebra o ciclo de pragas e doenças específicas, além de melhorar a saúde do solo.
5. Boas práticas agrícolas e sanitárias
Higienização de equipamentos, descarte correto de restos culturais, controle de plantas daninhas e distanciamento entre cultivos são práticas simples e eficazes.
6. Uso de defensivos agrícolas com orientação técnica
A aplicação correta e dentro da legislação é essencial. O uso indiscriminado ou sem prescrição pode gerar contaminações, danos ao meio ambiente e problemas legais.
Dr. Carlos Alberto Arges Junior reforça que o uso de defensivos exige cuidados com registros, armazenamento, EPI e obediência às regras do Ministério da Agricultura. Qualquer descuido pode resultar em multas, embargos e ações judiciais.
A importância da rastreabilidade e da documentação
Além da proteção da lavoura, o produtor deve manter registro detalhado de todas as ações de manejo — aplicação de produtos, identificação de pragas, datas, doses e condições climáticas. Isso ajuda a:
- Comprovar boas práticas em auditorias e fiscalizações
- Atender a exigências de compradores e certificações
- Se resguardar juridicamente em caso de questionamentos
Segundo Dr. Carlos Alberto Arges Junior, a rastreabilidade é hoje uma aliada do produtor, pois demonstra responsabilidade técnica e permite traçar a origem de qualquer problema.
Suporte jurídico e prevenção de passivos
O controle de pragas e doenças também deve ser acompanhado de orientação jurídica especializada. Isso inclui:
- Revisão de contratos com fornecedores de insumos
- Cláusulas de responsabilidade em caso de falha no controle biológico ou químico
- Adequação a normas ambientais e trabalhistas
- Orientação sobre notificações e laudos em caso de perdas significativas
Dr. Carlos Alberto Arges Junior destaca que um produtor bem assessorado juridicamente reduz riscos e atua com mais segurança em um mercado cada vez mais regulado e exigente.
Conclusão: prevenção técnica e respaldo jurídico andam juntos
Evitar prejuízos com pragas e doenças não depende apenas de defensivos. É um processo que envolve monitoramento, planejamento, manejo técnico e conformidade legal. A lavoura precisa ser tratada como um sistema vivo e complexo, onde cada decisão impacta na produtividade, na segurança alimentar e na saúde financeira do negócio rural.
Com o apoio técnico e jurídico adequado, o produtor rural consegue reduzir perdas, proteger seu patrimônio e manter a atividade agrícola de forma sustentável e lucrativa. Segundo Dr. Carlos Alberto Arges Junior, no campo, prevenir continua sendo a melhor colheita.
Instagram: @argesearges
LinkedIn: Carlos Alberto Arges Junior
Site: argesadvogados.com.br
Autor: Oleg Volkov